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3 métodos Padrão Ouro de Avaliação da Composição Corporal


A avaliação da composição corporal consiste em estimar através de métodos, a quantidade dos diversos tecidos que constituem o corpo. Como exemplo, a quantidade de massa magra, massa gorda, água e a massa óssea quando possível em alguns equipamentos, são algumas das possíveis medições, pois somente o peso do indivíduo não é capaz de proporcionar essas informações. Ademais, existem diversos métodos para avaliação da composição corporal, sendo cada um realizado de maneira diferente e consequentemente, com grau de precisão diferente. Alguns dos equipamentos utilizados são:

  • Pletismografia de deslocamento aéreo (Bod Pod), 

  • Absorciometria de raios-x de dupla energia (DXA) 

  • Impedância bioelétrica multi-frequência (MF-BIA)

Essas avaliações de composição podem ser realizadas na população em geral, e principalmente em atletas, pois eles necessitam de um controle maior da composição corporal visando melhores resultados nas competições.


Método absorciometria de raios-x de dupla energia (DXA) 


O método de avaliação DXA, consiste em um método de imagem que identifica os tecidos componentes do corpo, sendo eles: massa magra, massa gorda e massa óssea. Isso ocorre através da diferença de densidade de cada um dos tecidos citados. Ainda durante a avaliação, os tecidos corporais são submetidos a duas fontes de radiação, detectados por cintilação ao passar por um scaner.


Esse método possui vantagens e desvantagens como qualquer outro, porém, uma vantagem significativa que ele possui é conter a margem de erro inferior a 2%. Outra vantagem é a rapidez, pois é realizado em até 12 minutos e não necessita de preparo. Entretanto, dentre as desvantagens estão o alto custo para realização e a utilização de radiação durante a avaliação.


Método pletismografia de deslocamento aéreo (BodPod)


O método da pletismografia é considerado rápido e fácil para a determinação da composição corporal, pois ele utiliza o deslocamento de ar para realizar a determinação, através da relação inversa entre pressão (p) e volume (v), baseado na Lei de Boyle para assim determinar o volume corporal. Logo, é considerado um método de pesagem aerostática, podendo substituir a pesagem hidrostática. 


Dentre algumas vantagens da pletismografia está a rapidez, visto que o tempo para determinar a pesagem é de 3 a 5 minutos. Além disso, é um método de operação simples e não causa desconforto. Entretanto, o BodPod possui algumas desvantagens como o alto custo e as interferências que podem acontecer durante ou pré exame, podendo prejudicar a eficiência do resultado, como o índice de hidratação do indivíduo, o controle da temperatura e a ausência de movimento por quem está sendo medido. 


Método de impedância bioelétrica (BIA) 

A avaliação da composição corporal através da MF-BIA, consiste na passagem de uma corrente elétrica de baixa amplitude e alta frequência pelo corpo do indivíduo, medindo a resistência que é oferecida pelos vários tecidos do organismo. Existem diversos prós e contras para a utilização da bioimpedância como método de avaliação e o nível de hidratação, pois a água é condutora de corrente elétrica e desta forma, se o indivíduo estiver muito hidratado, o resultado da avaliação pode superestimar a quantidade de massa muscular, visto que, este tecido contém grande quantidade de água.


Assim sendo, se o indivíduo estiver pouco hidratado, a chance do percentual de gordura estar superestimado é maior, uma vez que o tecido adiposo possui pouca quantidade de água. Além disso, a BIA é um método de avaliação não invasivo, prático e rápido para ser executado, exige pouca manutenção do equipamento e possui margem de erro entre 2 e 3% para porcentagem de gordura corporal.


Comparação entre os métodos DXA, BodPod e BIA


Diversos estudos foram realizados a fim de avaliar a precisão dos métodos de avaliação da composição corporal. Desta forma, em relação a estimativa da composição corporal total, a BIA e a pletismografia obtiveram resultados semelhantes nos estudos, porém com algumas diferenças de resultados em relação ao DXA. Entretanto, a variação média dos resultados não foi significativamente diferente entre os três métodos. 


Desse modo, resultados mostram que a BIA é o método mais simples e seguro para se avaliar a composição corporal. No entanto, a avaliação por BodPod também é bastante segura e não invasiva, da mesma forma que o método por DXA, porém, ele oferece uma abrangência maior de resultados. Todavia, apesar de os métodos DXA e BodPod serem rápidos e efetivos para a avaliação, o alto custo desses equipamentos acaba por limitar o seu uso na prática clínica dos profissionais, sobressaindo se desse modo a BIA,  por conta do seu menor custo e praticidade em relação aos outros equipamentos.


Qual método adotar?


Enfim, todos os métodos de avaliação da composição corporal citados, são métodos válidos para a estimativa da composição corporal. Além disso, é importante que o profissional utilize o mesmo método de avaliação no paciente, visando minimizar a diferença de composição que pode ocorrer entre os equipamentos.  


Para um estudo mais aprofundado sobre o tema, seguem abaixo algumas sugestões:

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