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Nutrição e fertilidade: o que temos de evidência?


Fertilidade feminina e nutrição: Aspectos importantes

A infertilidade feminina é um problema crescente. Ademais, evidências recentes apontam a ligação entre a fertilidade e a dieta. Uma alimentação rica em gorduras trans, carboidratos refinados e açúcares adicionados pode afetar negativamente a fertilidade. Ao contrário, de uma dieta com base nos padrões alimentares mediterrâneos, ou seja, ricos em fibras, ácidos graxos ômega 3, proteínas vegetais, vitaminas e minerais.


Dieta mediterrânea A dieta mediterrânea é caracterizada por uma alta ingestão de vegetais, frutas, azeite, carboidratos não refinados, laticínios e aves com baixo teor de gordura, peixes oleosos, baixo consumo de carnes vermelhas e açúcares.


A alimentação pró-fertilidade foi caracterizada por um menor consumo de ácidos graxos trans e um maior consumo de ácidos graxos monoinsaturados. Assim também como, proteínas derivadas de plantas, diminuição do consumo de proteína animal, ingestão de alimentos de baixo índice glicêmico e ricos em fibras.


Dieta ocidental

Ao contrário da dieta mediterrânea, a alimentação ocidental é rica em carboidratos refinados e simples (principalmente açúcar, doces, e bebidas açucaradas), carnes vermelhas e processadas. Além disso, caracteriza-se por uma baixa ingestão de frutas, vegetais, grãos não refinados, aves com baixo teor de gordura e peixes. Bem como, pode ser descrita de acordo com seu alto teor calórico, gorduroso, índice glicêmico, baixo consumo de fibras e vitaminas.


Sendo assim, estudos associam este padrão alimentar com a diminuição da fertilidade e aumento do tempo para engravidar. Como também pode influenciar diretamente nos ciclos ovarianos e regulação hormonal.


Micronutrientes

O ácido fólico, vitamina B12 e B6 são nutrientes que afetam a fertilidade. Diante disso, estudos indicam que a suplementação no período anterior à gravidez pode aumentar as chances de engravidar.

A influências destas vitaminas está possivelmente associado ao metabolismo da homocisteína. Uma vez que a falta de vitamina B12 perturba o processo de remetilação, enquanto a deficiência de vitamina B6 leva diretamente a um acúmulo de homocisteína. Consequentemente, o aumento da concentração no líquido do folículo ovariano pode afetar a interação entre o folículo e o espermatozóide, diminuindo a chances de fertilização. Além disso, aumenta o estresse oxidativo, que compromete a fertilidade.


A vitamina D também desempenha papel importante na da modulação das funções reprodutivas femininas. Estudos têm demonstrado que os receptores de vitamina D são expressos em numerosos tecidos dos órgãos reprodutivos, como ovários, endométrio, placenta, hipófise e hipotálamo.


Tratando-se do ferro, tanto o excesso quanto a deficiência, pode afetar negativamente a fertilidade. Sendo assim, a adequação deste mineral pode diminuir o risco de infertilidade, devido à sua deficiência ser associada a distúrbios de ovulação.


Prática clínica

Considerando que a alimentação possui relação direta com a fertilidade, faz-se necessária a implementação de uma dieta pró-fertilidade. Pacientes com endometriose e síndrome do ovário policístico podem ter sua fertilidade comprometida. O uso de alimentos com potencial antioxidante e anti inflamatório possuem impactos positivos e devem ser utilizados.


Deve-se incentivar o aumento de alimentos naturais, ricos em nutrientes e fibras. Assim também como a diminuição do consumo de gorduras trans, alimentos ricos em carboidratos simples e açúcar. A fim de garantir o sucesso da gravidez e diminuir os riscos de aborto espontâneo.


Referências bibliográficas:

Artigo: Skoracka K, Ratajczak AE, Rychter AM, Dobrowolska A, Krela-Kaźmierczak I. Female Fertility and the Nutritional Approach: The Most Essential Aspects. Adv Nutr. 2021;12(6):2372-2386. doi:10.1093/advances/nmab068


Autora: Renata Nunan

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