Vegetarianismo é baseado no consumo de alimentos de origem vegetal. Sua definição refere-se como a prática de não comer produtos que implicaram na morte de qualquer ser do reino animal, com ou sem o consumo de laticínios e ovos. O vegetarianismo pode ser adotado por diferentes razões, uma das principais é o respeito à vida dos animais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Vegetarianismo (SVB), são abatidos mais de 10 mil animais terrestres por minuto no Brasil, implicando em cerca de 14,5% das emissões de gases prejudiciais ao meio ambiente. Além disso, fazem parte dos motivos os conceitos éticos, ambientais, sociais e questões sobre os efeitos positivos na saúde com a maior utilização de produtos de origem vegetal e restrição de produtos oriundos do reino animal. Ou seja, cada vez mais reconhece-se a importância da abordagem sobre vegetarianismo na formação do profissional nutricionista
Classificações
Além de não comer carne, os adeptos a esse estilo deixam de consumir leite e derivados, ovos e alimentos que obtenham substâncias extraídas do reino animal. Neste sentido, o vegetarianismo costuma ser classificado da seguinte forma:
Ovolactovegetariano: Não consome carne, porém utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação.
Lactovegetariano: Não consome carne nem ovo, porém utiliza leite e laticínios na sua alimentação.
Ovovegetariano: Não consome carne leite e laticínios, porém utiliza ovos na sua alimentação.
Vegetariano estrito: Não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.
Benefícios à saúde Diversos estudos identificaram associação entre o consumo e adesão da dieta Vegetariana à fatores benéficos a saúde, Com mais detalhes, é descritoa na literatura que pode haver a redução de cerca de 31% das mortes por infarto em homens, em comparação com aqueles que consomem carne (Leia o artigo – Atuais evidências sobre dietas vegetarianas). No caso das mulheres vegetarianas, a diminuição é de 20%. Níveis sanguíneos de colesterol são, geralmente, 14% mais baixos em ovolactovegetarianos e o risco de apresentar diabetes é 50% menor em comparação a dietas com consumo de carnes. Concomitante a isso, a redução da incidência de obesidade, considerada como fator de risco para uma série de doenças. Cenário no Brasil No Brasil, segundo o IBOPE, cerca de 14% da população se declara vegetariana. Hoje, isto representa quase 30 milhões de brasileiros que se declaram adeptos a esta opção alimentar. Tal número é maior do que as populações de toda a Austrália e Nova Zelândia juntas. Um assunto muito debatido nos dias de hoje é sobre a alimentação do futuro e o impacto direto sobre a saúde e o meio ambiente. Relacionando-se às projeções, a alimentação vegetariana e a redução do consumo de carne animal com certeza é a principal propensão para o futuro. Diante do exposto, torna-se necessário uma abordagem mais precisa do assunto durante a formação do profissional nutricionista. Devem ser proporcionados debates no mundo acadêmico, valorizando a importância de estar preparado a opinar, se posicionar e acolher o indivíduo praticante do vegetarianismo. Vegetarianismo e o nutricionista Estudos recentes atribuem a uma possível falta de desinformação por parte dos profissionais de saúde. Em especial, alguns nutricionistas podem estar despreparados e algumas ideias errôneas sobre a alimentação e necessidades nutricionais, seriam os principais fatores causadores desse distanciamento entre o profissional e o paciente vegetariano. Como resultado, ocasiona-se a falta de adesão e credibilidade ao nutricionista, fatores estes atribuídos principalmente a formação do profissional No meio universitária, a maioria das universidades acabam não abordando de maneira precisa, e não valorizando a importância do preparo para atender esses indivíduos praticantes do vegetarianismo. Tais fatores diretamentes relacionados ao desconhecimento sobre os nutrientes mais adequados, principalmentes relacionados ao Ferro, Cálcio, Zinco, Proteína, Vitamina B12. Além do mais, pode haver a necessidade de suplementação e até mesmo sobre como deve-se ser o prato básico do vegetariano. Assim sendo, por que há a importância da abordagem sobre vegetarianismo na formação do profissional nutricionista? Tendências futuras De fato, a tendência dos praticantes do vegetarianismo tende a aumentar ao passar dos anos, além disso os estudos passaram a relacionar o consumo de carne vermelha com elevados marcadores de doenças cardiovasculares, ao aumento da obesidade, disbiose intestinal e altos índices de colesterol. Tange aos profissionais da saúde seu aprofundamento e se necessário, auxílio mais eficiente a fim de evitar futuras complicações para a saúde e principalmente para uma senescência de maior qualidade. Deste modo, estará contribuindo para o rompimento de inverdades, que são frutos do desconhecimento científico. Para estudo aprofundado, seguem algumas sugestões: https://www.svb.org.br/ DOI: 10.1016/j.jand.2016.09.025 DOI: 10.1186/s12970-017-0192-9
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