Ortorexia refere-se a ingestão obsessiva de alimentos ditos como saudáveis ou naturais. Essa palavra é a junção de “orthos”, que significa correto e “orexis”, que significa apetite. Os indivíduos ortorexos objetivam uma dieta ideal, composta por alimentos higienicamente seguros e sem nenhum processo químico ou industrial, ou seja, livres de herbicidas, pesticidas e substâncias artificiais. Assim, esse comer saudável em excesso, geralmente dispõem de baixa quantidade de gordura animal e açúcar. Além do mais, há a tendência de ser uma dieta cada vez mais restritiva, a ponto de serem excluídos grupos alimentares importantes para a saúde. Como consequência a essa severa restrição alimentar, o indivíduo pode perder peso excessivamente e chegar à uma desnutrição grave. A obsessão pela alimentação Apesar da semelhança com a anorexia e bulimia, a ortorexia se diferencia devido ao fato de que é relacionada a obsessão pela pureza do que se come. Dessa forma, não tem relação com a preocupação no ganho de peso, nem tampouco em contar as calorias dos alimentos. Com tais conhecimentos, percebe-se que a preocupação excessiva com a alimentação, nos indivíduos ortorexos, se torna obcecada. Esses passam a gastar muito tempo se preocupando com sua alimentação ou preparando seus próprios alimentos, o que gera cada vez mais ansiedade e mania de perfeccionismo no ato de se alimentar. Além disso, por se preocuparem tanto, frequentemente se afastam do convívio social, por julgarem que os outros não entendem sua forma de se alimentar e/ou não se alimentam adequadamente. A ortorexia e a individualidade biológica É importante salientar que algumas pessoas podem ter maior predisposição para desenvolverem o comer saudável em excesso. Ou seja, a ortorexia pode desenvolver-se com mais facilidade em indivíduos que possuem maior tendência de traços obsessivos-compulsivos. Além do mais, outros fatores devem ser conferidos, como o perfeccionismo na personalidade, histórico de transtorno alimentar, seguimento de dietas e distúrbio de sua imagem corporal. Por fim, o acompanhamento nutricional e psicológico nesses pacientes se faz necessária, de forma que tais indivíduos não tenham prejuízos de convívio social, e/ou na saúde. Segue como uma dica de estudo do nosso blog, o artigo: Quanto de exercício é necessário para ser saudável? Para a leitura mais aprofundada do tema, seguem algumas sugestões de leitura: ● https://doi.org/10.1016/j.appet.2019.05.005 ● https://doi.org/10.1007/s40519-018-0565-3 ● https://doi.org/10.1007/s40519-018-0563-5 ● doi:10.3390/nu11030697
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