Sabe-se que o aleitamento materno nos primeiros 6 meses de vida é imprescindível para o desenvolvimento adequado do bebê. Além disso, estudos mostram a relação da amamentação com uma melhor aderência na fase de introdução de alimentos sólidos. Sobre essa fase, muitas famílias têm dificuldade devido à difícil adaptação da criança aos novos sabores. Contudo, essa tarefa se torna extenuante, uma vez que o ser humano, de modo inato, tem preferências pelo sabor doce dos alimentos. Assim, entenda neste texto se a amamentação tem efeito sobre as preferências alimentares da criança.
A alimentação da mãe
Quanto mais cedo houver o consumo de alimentos densos em energia e pobres em micronutrientes, maiores as chances do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis ao longo da vida, como o diabetes, a obesidade e a hipertensão arterial. Pensando nisso, essas preferências podem ser modificadas nas fases da gestação e do desmame. Tratando-se sobre o que a ciência traz nesse assunto, as evidências sugerem uma relação entre a alimentação da mãe. Com mais detalhes, quando dispõem de rica variedade de frutas, legumes e verduras, pode melhorar a aceitação da criança a esse tipo alimento quando forem introduzidos em sua dieta sólida.
Alimentação materna X Paladar da criança
Mais detalhadamente, nos alimentos como nos legumes e nas verduras, são encontrados pigmentos como os carotenóides, as clorofilas e os flavonóides. Os mesmos são divididos em subgrupos abrangentes a uma grande variedade de pigmentos (Leia o artigo – Alimentos Funcionais e seus benefícios para a saúde). Quando esses alimentos fazem parte da dieta da mãe durante a gravidez, alguns desses pigmentos passam do líquido amniótico para o feto. Já durante a amamentação, passam do leite para o lactente. Com isso, quanto maior a exposição da mãe aos alimentos que contenham esses pigmentos nessas duas fases, maior será o contato primário da criança a diversos sabores, aumentando a aceitação do seu paladar para a introdução de alimentos sólidos.
Há demais fatores associados
Ademais, vale ressaltar que tais informações não são determinantes para formarem as preferências alimentares das crianças. Fatores externos como o estilo de alimentação dos pais, a frequência com que as crianças são expostas a alimentos adocicados, e o modo como a comida é ofertada, também é de extrema importância para moldar seu paladar. A partir do momento em que são combinadas esses fatores com a pré-exposição do bebê aos pigmentos nas fases da gestação e da lactação, nota-se uma maior facilidade na adesão dos alimentos sólidos.
Para a leitura mais aprofundada sobre o tema, seguem algumas sugestões de estudo:
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