É difundido na literatura a ação ergogênica advinda da suplementação de maneira crônica do aminoácido não-proteinogênico beta-alanina. A mesma pode ser desempenhada à partir de sua combinação com o aminoácido L-histidina no músculo esquelético, formando o dipeptídeo carnosina (Leia o artigo – Suplementos tamponantes na prática clínica).
A carnosina é conhecida principalmente por sua atuação fisiológica como um tamponante intracelular, encontrada principalmente em fibras musculares do tipo II. Tal papel é observado devido a realização do transporte de íons H+ durante exercícios intensos do meio intra ao extracelular. Desse modo, pode ser conferida a redução da acidose e da fadiga periférica, em atividades com duração entre 1–6 minutos e consequente predominância do metabolismo anaeróbio.
Estudos recentes relatam ainda sua ligação aos íons Ca2+ concomitantemente aos prótons, realizando o câmbio dos mesmos e atuando também como potencializadora da contração muscular. Tal papel devido a essencialidade do cálcio no sarcômero para ocorrer a interação entre os filamentos de actina e miosina. Esse dipeptídeo possui ainda efeito antioxidante, através da eliminação de espécies reativas de oxigênio e da quelação de metais de transição.
Por fim, tais fatores nos quais acarretam na redução do estresse oxidativo provocado durante a atividade física extenuante.Para a obtenção dos efeitos ergogênicos gerados à partir da suplementação de beta-alanina, levando ao aumento de carnosina muscular, é recomendado um loading mínimo de 2 semanas com dosagens diárias entre 4–6g. A associação com outros suplementos ergogênicos, como o bicarbonato de sódio , parece otimizar ainda mais sua eficiência, devido a dispor de sinergia com a beta-alanina, mediante ao aumento do pH extracelular.
A fim de avaliar se há a necessidade ou não da suplementação esportiva, consulte sempre um nutricionista.
Para uma leitura mais aprofundada do assunto, segue a sugestão de leitura: https://doi.org/10.1016/bs.afnr.2017.12.003
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